quarta-feira, 18 de maio de 2011

Verdade e Mentiras



O legal de uma história de ficção, um filme, um romance, uma novela de TV, é que você sabe tudo o que acontece. Se você acompanhar a história você saberá quem está mentindo, quem está falando a verdade, quem está enganando, quem está sendo enganado. Você tem o domínio de todas as informações. Mas isso só acontece nas histórias. Na vida real as coisas são diferentes, por muitos motivos, que vão desde interesses financeiros até medos humanos.

E, claro, tem curiosidade. As pessoas querem saber as coisas.

Há muitos anos, quando eu fazia palestrar falando sobre trabalho em TV, acontecia de forma recorrente. Depois de falar sobre a profissão, contar detalhes do trabalho, achando que já tinha cumprido meu papel, alguém sempre levantava a mão pra perguntar:

- E fulano? É verdade que ele é gay?

No começo eu ficava muito chateada. Poxa, eu pensava, a pessoa não ligou pra nenhum conteúdo da palestra? Tudo o que ela quer saber sobre o mundo da TV é se fulano é gay? É. Porque a pior condição mental é a dúvida. A pessoa não sabe se o cara é gay ou não. Ele intui, lê fofocas que insinuam, mas não tem a comprovação. Não tem certeza. E, mesmo não fazendo nenhuma diferença prática, ela fica incomodada com a dúvida. Não é maldade, é curiosidade latejante.

É isso que move a busca, a vontade de ter certeza.

Eu acabei de ter certeza que tudo foi magistralmente combinado entre agências, clientes, programa, vendo que TODOS os vídeos das Tchecas do Brasil contêm sempre a palavra "proibida" ou "proibido", a marca da cerveja.

1. "Proibido" em 17 países. Depois, do NADA, Sabrina pergunta no vídeo de 29 de março de 2011. Bem, eles não sabiam. Mas meu mouse me contou.

2. 10 de abril - Sabrina manda repetir a assinatura "Se beber não dirija". Eles não sabiam. Mas meu schnauzer sabia.

3. A "tatuagem" da cerveja. Claro, eles não sabiam. Mas minha vó que morreu sabia.

Então, graças a D'us, meu mundo não caiu. Emilio, Tutinha, André, toda a produção, elenco, todos continuam sendo geniais. E divertidos. E a ação foi muito legal mesmo.

Quem quiser se divertir pode pegar todos os episódios do reality show das Tchecas no Brasil e achar os pedacinhos da campanha da cerveja Proibida. Porque, né, elas chegaram no aeroporto como Tchecas, sendo que no passaporte elas têm outros nomes e outras nacionalidades e, claro, ninguém sabia.

Eu, por exemplo, sei de nada não, tô só postando.
Então, por enquanto, esse é o tanto de verdade que achei.
A ação foi um sucesso, todos estão de parabéns. Faltam só mais alguns capítulos. Mas eu só vou falar quando eu tiver certeza. Nem que seja certeza da minha paranoia.


PS - Tem umas coisas meio doidas no meio. Por exemplo, o domínio www.proibida.com.br deve ter sido registrado antes, a cervejaria comprou e não transferiu. Resultado: o registro.br mostra que proibida.com.br é da Itaoca Veículos. Tem que ver issaê. Outros detalhes: no site www.cbbp.com.br, todas as notícias são de pequenos blogs, colunas de conhecidos, não tem nenhuma matéria de grandes jornais, etc. Tudo muito caseiro. E a foto do header, deve ser uma maquete. Mas de imagem eu não entendo nada.

Na verdade era tudo um puzzle, um grande quebra-cabeças. Um ARG. Até que o pessoal juntou pouco as peças.

E, pra finalizar, a pergunta-chave: se em DEZEMBRO do ano passado, quando a ação começou, todo mundo já achava que era "viral de cerveja", como é que ninguém pensou nisso?

Aqui tem outro post, o Mistério das Tchecas, essas loiras lindas, ingeligente, que enganam até os mais espertos, que conseguem viajar com o passaporte original, com outros nomes, outras nacionalidades sem que NINGUÉM perceba que são impostoras, nem mesmo o pessoal da produção que marca a passagem. Ai, o Pânico consegue enganar tanto e tão bem, que mesmo quando você prova que é tudo armação todo mundo continua acreditando que ninguém lá sabia. Gênio. Botaram Andy Kaufmann no chinelo. Alá o Emilio dizendo que a ideia de fazer o reality foi dele. E, claro, ele nunca descobriu que elas não eram tchecas e tinham outros nomes, porque né, todo mundo sabe que na TV é assim, os donos dos programas pegam duas desconhecidas, não contratam, não pagam, não olham os documentos e, só com os nicknames, entregam oito semanas de um longo quadro, com muita gasto, muita passagem, pra ficarem no ar dois meses. Sério, pago um pau pro Emilio. Sonho com o dia em que ele vai escrever um livro, em sua velhice, e contar tudo isso. Espero estar viva, já que sou 4 anos mais velha que ele.

Fonte -
R7 - Blog Querido Leitor - Rosana Hermann

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